Na semana em que é celebrado o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (25/11), o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Domingos Martins, obteve a condenação de Vandi Caetano Viana a mais de 53 anos de prisão pelo assassinato de Tatiele Pereira Venâncio e por outros crimes cometidos em julho de 2020, no município.
O réu foi condenado, no total, a 53 anos e 7 meses de reclusão, que deverá ser cumprida em regime fechado, além de 2 anos, 8 meses e 18 dias de detenção, em regime semiaberto, pelos crimes de feminicídio qualificado, tentativa de homicídio, sequestro e cárcere privado, perigo para a vida ou saúde de outrem, e resistência à ação dos agentes policiais.
O julgamento pelo Tribunal do Júri que resultou na sentença condenatória aconteceu na terça-feira (26/11), no Salão do Júri da Comarca de Domingos Martins. Na ocasião, o Promotor de Justiça Evaldo Teixeira sustentou os fatos da denúncia para obter a condenação do réu.
Entenda o caso
Os crimes ocorreram no dia 11 de julho de 2020. A denúncia descreve que Vandi Caetano Viana estava hospedado na casa do sobrinho, Edivaldo Caetano da Silva, marido de Tatiele, e acreditava que a morte de seu irmão, Joãozinho, aconteceu por culpa de uma irmã de Tatiele.
No dia dos fatos, o acusado, para vingar a morte do irmão, manteve Tatiele, Edivaldo e os três filhos do casal sob cárcere privado na residência da família, em Domingos Martins. O réu, portando uma faca e ameaçando explodir um botijão de gás, matou Tatieli, à época com 30 anos, com diversos golpes de faca.
Além de assassinar Tatieli, Vandi tentou matar Tiago Pereira Venâncio, irmão da vítima, que conseguiu intervir para proteger a família e sofreu ferimentos graves, somente não vindo a óbito por interferência de terceiros. Com a chegada da polícia ao local, Vandi ainda resistiu à prisão, atacando os agentes da Polícia Militar com a faca.
A denúncia também destaca a brutalidade dos crimes, cometidos na frente dos filhos da vítima. Com a decisão do júri, foi determinada a execução imediata da pena em regime fechado. A condenação reforça a atuação e o compromisso do MPES no combate à violência contra a mulher.
Fonte: MP ES
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