“Agem sem dó”: Moradores relatam medo por morarem no “Espera Tapa”, Bebedouro, Linhares

Claro que em todo lugar tem gente que insiste viver dentro dos chamados atos ilícito, assim como em todo lugar existe muita gente trabalhadora, que não mede esforço para ter dignamente o pão de cada dia. Um desses lugares é o chamado Espera Tapa, no Distrito de Bebedouro, Linhares, Norte do Espírito Santo. “Demorei para ter minha casa, mas que dá medo, dá. Viver aqui é viver pela fé”, declara um morador. E o último respaldo vem do final da noite da última quinta-feira (25):

“Primeiro teve tiroteio, muitos tiros. Ficamos apavorados. Eu, por exemplo, fui pro quarto das crianças e fiquei lá com minha esposa até a polícia chegar e levar o corpo (de um homem assassinado). O indivíduo assassinado teve o portão da residência arrancado, a porta arrombada com machado e foi morto a tiros no chamado “Beco do Rodrigues”, cita o boletim da Polícia Militar.

A rua citada pela PM é a Antônio Jovita Ferreira, e a ocorrência, conforme o Boletim, foi registrada às 23h11. Além de viatura convencional, a Força Tática também esteve no bairro.

“A casa (onde ocorreu o fato) estava cheia de droga, e esse menino (a vítima) não era daqui não. Veio pra cá pra fazer coisa errada, como outros. Não bastassem os que existem aqui, ainda tem isso”, disse o leitor. E, de fato, de acordo com o Boletim da PM, a equipe da perícia encontrou nas costas do indivíduo uma pochete contendo R$ 1.214,00 em espécie, 28 pedras de crack, quatro porções de maconha e um celular.

A vítima identificada no Boletim como Júlio César, o Paulista, estava sobre uma poça de sangue, perto de um boné também tomado por sangue sendo o óbito constatado pelo Samu. E ficou ainda anotado que os autores usaram um machado para arrombar o acesso, e que foram quatro disparos de arma de fogo na região da cabeça do indivíduo.

O material recolhido na cena do crime foi entregue pela perícia na 16ª Regional, e no material recolhido não constava documentos do indivíduo, que residia há aproximadamente 4 meses no local.

O crime é investigado e o 181 é a linha direta para denúncias anônimas.