Menos de duas horas após a manchete sobre a coletiva em Aracruz, Norte do Espírito Santo, Felipe Silva de Almeida, de 28 anos, se apresentou à Polícia Civil na 16ª Regional de Linhares. Ele estava acompanhado da advogada, e assim, o mandado de prisão em desfavor do mesmo, anunciado pelo delegado André Jaretta, foi cumprido.
O investigado confessou, por telefone, junto à polícia, que matou a ex-companheira, Aline Ribeiro da Rosa, 35 anos, crime registrado minutos antes das 17h de domingo (21), na calçada de um bar, em Aracruz. A vítima tinha dois filhos com o investigado, o mais noto ainda é bebê.
Nós entramos em contato com a defesa do investigado, que disse: "Estamos representando o autor dos fatos ocorridos no bairro de Fátima, Aracruz, no dia 21/07/2024. É importante esclarecer que representar o cliente não significa defender sua conduta criminosa. Nosso cliente manifestou o desejo de se entregar, e nossa orientação foi no mesmo sentido. Estamos à disposição da justiça para contribuir com as investigações e durante todo o processo, garantindo uma resposta à sociedade e à família da vítima. Nosso papel é viabilizar um processo justo e transparente. Assinado, Dra. Jocelma L. Vergnia e Dra. Priscila Benichio."
Medidas revogadas – O delegado André Jaretta disse que o investigado, que conviveu com a vítima por cinco anos, irá responder por homicídio triplamente qualificado, com agravante de a vítima ser mulher, ou seja, por feminicídio. Ele explicou que nos trabalhos intensos sobre as investigações, ficou constatado que a vítima pediu para revogar medidas protetivas que tinha em desfavor do investigado, e que o histórico do relacionamento é marcado por violência.
Antes do crime, inclusive, em forma intimidatória, o investigado esteve na casa da mãe da vítima e efetuou disparos de arma de fogo contra o imóvel, e no dia do crime, antes de descarregar uma arma de fogo em Aline, esteve com ela no mesmo bar, proferiu ameaças, prometeu voltar, voltou e a matou.
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