Alunos da escola Regina Banhos Paixão, localizada no bairro Linhares V, vivenciaram uma experiência única na sexta-feira (30), ao assistirem a um julgamento real no Tribunal do Júri da Comarca de Linhares. A iniciativa, organizada pela professora de Direito e Sociologia Queila Saúde, com o apoio do juiz Tiago Camata, permitiu que os estudantes do Ensino Médio observassem de perto o funcionamento do Poder Judiciário e as carreiras jurídicas em ação.
Justiça além dos livros – Acompanhados pela professora Queila, os alunos assistiram a todas as etapas do julgamento – desde a apresentação das provas até o veredicto final. "Muitos só conhecem o sistema judicial por filmes ou notícias. Trazê-los aqui é mostrar que a Justiça é feita por pessoas, com debates, provas e decisões que impactam vidas", explicou a professora, que já promove outras iniciativas de educação jurídica na escola.
O juiz Tiago Camata, responsável pela sessão, recebeu os estudantes e explicou o papel de cada profissional no plenário. "É emocionante ver jovens interessados no Direito. Eles puderam ver como advogados, promotores, defensores e jurados trabalham em conjunto para chegar a uma decisão justa", destacou.
Aprendizado que transforma – Para muitos alunos, a experiência foi reveladora. "Nunca tinha pensado em como um julgamento é complexo. Ver os advogados argumentando e o júri decidindo me fez refletir sobre seguir essa carreira", disse *Ana Júlia Saúde, 17 anos. Já a estudante Ana Luiza, 16, ficou impressionada com o papel do Ministério Público: "A forma como o promotor apresentou o caso mostrou a importância de buscar justiça, não apenas condenações."
Projeto Fixo - Devido ao sucesso das visitas, a escola busca incluir a atividade no calendário acadêmico em todas as pautas de julgamento, em parceria com o juiz Tiago Camata. "Queremos que mais turmas tenham essa oportunidade, pois é uma forma poderosa de ensinar cidadania, ética e até mesmo orientação profissional", afirmou a diretora Raíssa Lorencini.
Ao final do julgamento, os alunos participaram de um debate com o juiz, com o promotor Claudeval e a professora, tirando dúvidas sobre processos penais, carreiras jurídicas e os desafios do sistema de Justiça. Para a professora Queila, o maior ganho foi despertar o senso crítico: "Eles não só aprenderam sobre leis, mas também sobre responsabilidade social. Esse é o papel da educação."
A iniciativa contou com a autorização do juiz diretor do fórum e supervisão da equipe pedagógica da escola. Clique aqui para comentar a notícia, parabenizar a iniciativa e seguir o @euviemlinhares.
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