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Barato que sai caro: peças paralelas podem custar a safra

Entenda como a escolha de componentes não originais para manutenção de equipamentos agrícolas pode impactar diretamente a produtividade e a saúde financeira de uma fazenda.

13/01/2025 às 18h04
Por: Redação
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Barato que sai caro: peças paralelas podem custar a safra

Colheita é sinal de máquinas a todo vapor no campo, portanto é o momento em que nenhuma falha pode ocorrer. Para manter a saúde dos equipamentos em dia, prontos para os momentos de maior exigência de trabalho, o cuidado com a manutenção é fundamental e a atenção com as peças de troca é ainda mais importante.

Muitos produtores caem em armadilhas ao escolher componentes de reposição no mercado paralelo, ou seja, peças não originais de fábrica, que são vistas como alternativas mais “atrativas”, mas podem trazer uma série de riscos ao desempenho e durabilidade dos equipamentos agrícolas. Ao optar por esses produtos de origem duvidosa, os agricultores não percebem que a economia inicial pode comprometer a viabilidade financeira de toda a atividade.

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A principal diferença entre as peças originais e paralelas está no padrão de fabricação. Enquanto as primeiras são feitas pelos próprios fabricantes dos equipamentos, seguindo rigorosos padrões de qualidade, testes de compatibilidade e garantias, as paralelas, normalmente de procedência desconhecida, podem não atender às mesmas especificações e exigências.

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De acordo com Leonardo Barato, engenheiro agrônomo e marketing de produtos do setor, essa falta de controle sobre os materiais e o acabamento, pode impactar diretamente a eficiência e durabilidade dos implementos. “As peças paralelas podem parecer vantajosas pelo preço mais acessível, mas, muitas vezes levam a falhas mecânicas que resultam em altos custos de manutenção e perda de produtividade”, diz.

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Impactos diretos - A utilização de componentes duvidosos pode afetar negativamente o desempenho em várias frentes. Conforme alerta o especialista, a eficiência operacional, por exemplo, é impactada caso essas peças não se encaixem ou funcionem de forma inadequada. Além disso, equipamentos com peças paralelas costumam apresentar quebras com maior frequência, causando paradas imprevistas. “Essas pausas ocorrem, muitas vezes, nos períodos mais críticos, como o plantio e a colheita, em que cada hora perdida interfere diretamente no resultado final da safra”, ressalta Barato.

Além do desempenho, o uso de peças de baixa qualidade pode aumentar o consumo de combustível, uma vez que o equipamento precisa compensar a falta de eficiência dos componentes, e assim, claro, onerando os custos. “Essa ineficiência se reflete também no desgaste prematuro de outras partes das máquinas. Peças que não são fabricadas conforme os padrões originais podem sobrecarregar motores e sistemas hidráulicos, gerando danos secundários ao longo do tempo e encurtando a vida útil”, endossa o especialista.

Esses problemas se tornam ainda mais graves em máquinas que exigem precisão, como plantadeiras e pulverizadores. Falhas em peças paralelas podem comprometer essa assertividade na distribuição de sementes ou de defensivos, reduzindo a eficácia das operações e, por consequência, a qualidade do trabalho e da produção. O especialista observa que problemas assim podem até levar a uma colheita de menor qualidade e até mesmo a uma diminuição significativa do volume final da produção.

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Riscos e até garantias comprometidas - Outro ponto de atenção ao se optar por peças de reposição paralelas é o impacto que elas podem ter na manutenção preventiva e corretiva. Barato alerta para os desafios de compatibilidade e durabilidade. “Uma peça paralela pode dificultar o diagnóstico de falhas, prolongar o tempo de reparo e, muitas vezes, anular a garantia do fabricante, tornando o agricultor o único responsável pelos custos”, explica.

Essa anulação da garantia é uma consequência direta, pois muitos fabricantes estipulam que o uso de componentes não originais invalida a cobertura do equipamento. Isso significa que, em caso de problemas, o agricultor fica responsável pelo custo total dos reparos, gerando ainda mais pressão financeira.

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Além disso, a necessidade de substituições mais recorrentes por conta da baixa durabilidade aumenta o tempo de inatividade dos equipamentos e a frequência das intervenções corretivas, complicando a gestão das manutenções preventivas. Elas podem, ainda, de acordo com o especialista, acelerar o desgaste de outras partes da máquina, que sobrecarregam devido à falta de eficiência do componente inadequado.  “A escolha deve ir além do preço baixo. É importante avaliar o custo-benefício a longo prazo, considerando a segurança, a eficiência e a garantia”, conclui.

Por Kassiana Bonissoni

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