Morte de Katia: Policial pega cadeião após acusação firme do Ministério Público

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Vitória, obteve a condenação do policial militar Márcio Borges Ferreira a 33 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da esposa, Katia Matos da Silva Ferreira, em 2021, em Vitória. A condenação ocorre na semana em que é celebrado o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres (25/11).

O réu, que já se encontra preso, foi condenado pelos crimes de feminicídio qualificado (por motivo fútil e com o emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima), cometido na presença filha do casal, menor de 14 anos, e por fraude processual qualificada, visto que ele alterou a cena do crime.

O Tribunal do Júri foi realizado nesta sexta-feira (29/11), no Fórum Criminal de Vitória, sendo o último júri realizado no local, que a partir do dia 02/12 estará sediado na Avenida Fernando Ferrari. No tribunal, o Promotor de Justiça Bruno de Oliveira sustentou os fatos da denúncia para obter a condenação e reafirmou o compromisso do MPES no combate à violência contra a mulher.

Sobre o caso
O crime aconteceu no dia 11 de abril de 2021, na residência do casal, em Jardim da Penha, Vitória. Márcio chegou ao local e iniciou uma discussão com Katia após ela ter chamado a atenção dele por sujar o teclado do computador de trabalho dela.

O policial militar começou então a agredir a mulher, que saiu do apartamento para pedir socorro. Na sequência, ele a puxou de volta para o local e disparou um tiro de arma de fogo contra o rosto da esposa, que veio a óbito.

O réu ainda colocou a arma que utilizou no crime em uma das mãos da vítima, para ludibriar as investigações. O fato ocorreu na presença da filha do casal, à época com 11 anos, que saiu do apartamento pedindo por ajuda e foi acolhida por uma vizinha até a chegada da polícia.

A denúncia também descreve que a relação do casal era marcada por brigas constantes, sendo que Márcio já havia sido preso por violência doméstica contra Katia, em 2016.

Por MP ES