Policiais civis da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São Mateus, desvendaram um crime bastante complexo no Norte do Espírito Santo. O inquérito foi concluído no último dia 8, e investigou um esquema de agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro comandado por um casal. As investigações revelaram que as vítimas eram ameaçadas de morte quando não conseguiam quitar suas dívidas, sendo forçadas, sob grave ameaça, a transferir bens móveis e imóveis como garantia para os suspeitos.
A Operação denominada de "Aggio", foi deflagrada no último dia 1º, levou à prisão de um dos suspeitos e à apreensão de veículos, documentos, dinheiro, armas e dispositivos eletrônicos, além do bloqueio de contas bancárias e rastreamento de mais de mil transações de criptoativos.
Dentro dos trabalhos, a Polícia Civil identificou uma empresa com alto faturamento, conforme informou o titular da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (Deic) de São Mateus, delegado José Eustáquio. “As vítimas davam como garantia propriedades, imóveis, e veículos. Quando não havia o pagamento, eram extorquidas, forçadas a transferir seus bens para a empresa ou as pessoas físicas que foram indiciadas”, disse o delegado.
A empresa, que segundo o delegado não existia nos locais indicados na Receita Federal, teve um escritório encontrado num endereço residencial, sem placa ostensiva. Isto chamou a atenção, já que os valores movimentados eram altos.
No escritório “discreto” foi realizada busca que resultou na apreensão de documentos, sendo contratos de compra e venda em sua maioria “de gaveta” e que ultrapassam R$ 5 milhões. “Uma vítima, sendo uma pessoa idosa, procurou a delegacia muito desesperada. As graves ameaças estavam fazendo com que ela desenvolvesse problemas psicológicos, “, explicou o delegado.
Os empréstimos, ainda de acordo com o delegado, eram feitos no escritório, e no ato era feito o contrato de compra e venda como garantia. Com juros altíssimos, a partir do momento que a pessoa não conseguia mais pagar, começavam as ameaças.
E as ameaças eram tão intensas, que ao ser ouvido na delegacia, o suspeito, conforme explicou o delegado, fez uma foto em visualização única e enviou para uma das vítimas. “Disse (o suspeito) que um simples boletim de ocorrência não ia pará-lo”.
A abordagem ao casal (veja clicando aqui e aproveite para cometar a noticia e seguir o @euviemlinhares) aconteceu na praça de pedágio de São Mateus, no dia 1º de novembro, ocasião em que foi apreendida uma arma de fogo em poder do homem que apesar de ter registro, não possui porte.
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