Acontece hoje (6) no Fórum de Linhares o julgamento da ré Raiane Silva Gomes, 27 anos, acusada de, de acordo com a denúncia do Ministério Público, de agredir e torturar a enteada de 05 anos, na residência onde morava com o pai da menina. O casal foi preso e o júri foi desmembrado. Na primeira manchete sobre o júri, a manchete do EU Vi em Linhares pautou os demais veículos, e hoje, dia que a ré estará frente a frente com a justiça, nós conversamos com a defesa de Raiane, os criminalistas Deo Moraes Dias e Tatiana Carvalhinho Mota:
“O papel do advogado/advogada de defesa é preservar os direitos do réu dentro dos limites do que determina a lei. Nem mais, nem menos. Portanto, por se tratar de um júri em que envolve uma criança que teria sido violentamente agredida, supostamente pela sua madrasta, a defesa garante para a sociedade que buscará dentro dessas normas, dentro da lei, assegurar que a justiça seja feita”, começa a nota.
Que prossegue assim: “Isto não significa que os advogados estão aceitando a culpa nem que a defesa está afirmando a sua inocência. Somente que a defesa nunca se confunde com a ré e que a sociedade entenda que, por mais que seja vil e cruel o crime, todo aquele que é acusado de ter praticado um crime, tem direito a ampla defesa, tem direito a ter assegurado toda e qualquer chance de provar a sua versão dos fatos”.
“... No final quem decide não é o juiz, nem o advogado de defesa e tão pouco o promotor de justiça; quem decide são os sete jurados que representam a própria sociedade”, concluiu.
A criança, conforme denúncia do PM, ficou em estado grave e teria sofrido por pelo menos durante 8 dias até necessitar de atendimento na UPA infantil de Linhares. Depois foi transferida para uma unidade hospitalar em outra cidade, lutou pela vida e hoje está à salvo com quem realmente a ama.
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