Estudantes da escola Regina Banhos Paixão, no bairro Linhares V, região 5 de Linhares, acompanharam os dois últimos julgamentos da 3ª Pauta do Júri Popular no Fórum de Linhares, e o resultado foi tão positivo que agora eles querem até simular um júri no estabelecimento de ensino. Nós conversamos com a leitora Queila, professora de Sociologia dos estudantes do Ensino Médio, que idealizou o projeto e levou até o Juiz de Direito da 1ª Vara Criminal, Tiago Camata.
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O magistrado “abraçou” a causa, e nos juris do dia 2 e 3 desse mês de outubro, 60 alunos se deslocaram até o Tribunal do Júri para acompanhar os trabalhos presididos pelo titular da 1ª Vara Criminal.
Crime não compensa – Queila, que também é advogada, disse que o objetivo do projeto é os alunos reconhecerem a importância do cumprimento das leis. “Saber que a justiça é justa e eficiente na punição daqueles que não cumprem e, principalmente, compreender que a vida do crime não compensa”.
Mais apoio – E para colocar o projeto em prática, a professora também contou com o apoio do Promotor de Justiça Claudeval França Quintiliano. E, com o apoio fundamentou do professor Ângelo Alves, da área técnica de segurança do trabalho, lá foram eles para o Tribunal do Júri, onde o “cadeião” prevalece na maioria das vezes, desde que o Juiz Tiago Camata assumiu a 1ª Vara Criminal.
“Foi uma experiência inesquecível e de muito aprendizado. Foi possível conhecer as diversas profissões do ramo do Direito, nas atividades desenvolvidas no julgamento do Tribunal do Júri. O projeto contou com o apoio da empresa Cozivip, que doou alimentação para os alunos que estiveram do evento, o que tornou possível a participação dos estudantes do início ao fim do julgamento”, completa a professora.
Palestra – Os estudantes mal piscaram os olhos durante os debates nos dois julgamentos. As falas dos representantes do Ministérios, que são aquelas que quase sempre têm os “cadeiões” como resultado, pareciam transportar cada aluno para dentro do espaço do Plenário onde ficam as partes envolvidas. E quando a defesa teve a vez de falar, os estudantes agiram de igual modo: os olhos e ouvidos atentos.
Com isso, o advogado criminalista que atuou na defesa do réu condenado por duas tentativas de homicídio esmiuçadas no último julgamento, acabou sendo convidado para palestrar na escola, no próximo dia 17, para alunos do EJA. O tema? A profissão de advogado, com seus desafios e certezas.
Feliz pelo reconhecimento do trabalho, Deo Moraes, o dativo que, juntamente com a colega Tatiana Carvalhinho Mota, atuou na defesa do réu condenado pelas duas tentativas de homicídio, confirmou a presença.
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