Elas têm belíssimas copas, a sombra natural contribui com excelência para aquela “refrescagem” nos dias de sol escaldante do verão. Sem falar na beleza do verde que toma conta da paisagem. Mas todas estão sendo eliminadas na Praia de Pontal do Ipiranga, e a ação desespera leitores do balneário que pediram ajuda para a nossa Redação. “É a natureza, a justificativa que deram não faz fechar a conta. Como pode isso? Quem pode ver que isso é crime? Gente, essas castanheiras têm mais de 30 anos!”, disse um morador.
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Outros leitores entraram em contato com a nossa Redação, enviaram vídeos e um deles disse que “a cena choca qualquer um”. Já outra leitora implora: “Gostaria da sua ajuda pra denunciar essa crueldade que estão fazendo com nosso Pontal. Uma empresa contrata da prefeitura está arrancando todas as árvores que segundo eles não são nativas da restinga, prejudicando assim animais, turistas e moradores locais que têm comércio próximo a praia”.
Um comerciante disse que “alguém precisa fazer alguma coisa”, e explicou que “verde é verde, e verde das plantas se não for planta daninha, não prejudica nada! E a devastação que acontece perto daqui, para vender lotes? Como pode?”. Outro morador também expôs: “Falam que essas castanheiras prejudicam as restingas, mas acontece que elas estão nas cabanas já tradicionais, e que contam com as castanheiras há mais de 30 anos, não tem restinga, Como explicar isso?”.
O barulho da máquina derrubando as árvores fez chorar uma família inteira, cujo homem pede para não ser identificado, segundo ele, para "não ser perseguido". Ele contou que a filha, adolescente, foi para a escola chorando, e que vai propor um trabalho na sala de aula sobre a ação.
Nós enviamos demanda para a Prefeitura de Linhares, e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente confirmou que as castanheiras estão sendo extraídas, e explicou que essa extração se dá nas áreas que fazem parte do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), “porque não são espécies nativas e por estarem impossibilitando a preservação das restingas, causando diversos prejuízos ao meio ambiente”.
A Secretaria ressaltou que, todo o trabalho está sendo realizado em área pública e protegido pelo Código Florestal Brasileiro, pelas Políticas Estaduais e pela Legislação Municipal de Meio Ambiente.
“Além disso, diz a nota, toda a faixa de restinga existente no litoral do balneário é enquadrada como Área de Proteção Ambiental e protegida pela lei Orgânica Municipal. Portanto, essas áreas não podem ser utilizadas para uso recreativo, e sim, para contemplação”.
Ainda segundo a nota, mensalmente a Secretaria Municipal de Meio Ambiente se reúne com representantes da comunidade para dialogar sobre as ações propostas no PRAD.
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